Estudo publicado na revista Hypertension, da American Heart Association, mostra que pessoas com apneia têm alterações na função dos vasos sanguíneos da mesma forma que pessoas com pressão alta. Estima-se que cerca de 40% dos indivíduos com hipertensão arterial apresentam a síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Sabe aquele ronco que segue um mesmo ritmo, vai ficando mais alto, e de uma hora para outra é interrompido por um período de silêncio, quando a pessoa fica totalmente sem respiração, voltando logo depois ao ritmo inicial? Pois este processo é chamado de apneia obstrutiva do sono, doença que atinge aproximadamente sete em cada 100 indivíduos, cuja prevalência é maior no sexo masculino. Pela primeira vez, estudo britânico da Universidade de Birmingham, publicado no periódico Hypertension, mostra que as pessoas com apneia têm alterações na função dos vasos sanguíneos igualmente aqueles que têm pressão alta, mesmo em pessoas saudáveis.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, é comum que hipertensos tenham problema de apneia e vice-versa. Cerca de 40% dos indivíduos com hipertensão possuem a doença. Isto acontece porque a faringe, ao relaxar durante o sono, torna estreita a passagem de ar, provocando as vibrações típicas do ronco, até se fechar completamente e interromper o fluxo respiratório temporariamente. Numa reação de defesa, o organismo libera adrenalina, que contrai os vasos, restringindo assim o espaço por onde o sangue circula. Como o volume sanguíneo precisa correr por vias contraídas, há o aumento da pressão.
No início, esse aumento ocorre apenas durante o sono, mas com o tempo pode passar a ser uma rotina. Por isso, a medição da pressão arterial é ainda mais importante nas pessoas com apneia. E aqui começa mais um problema. O indivíduo que ronca e interrompe a respiração, muitas vezes nem percebe o sufoco pelo qual passa enquanto dorme, pois com a apneia ele não respira da maneira correta e o corpo acaba não conseguindo descansar como deveria.
É importante que o paciente com apnéia não neglicencie o problema, pois podem com o passar do tempo ter o mesmo endurecimento das artérias como os hipertensos, aumentando o risco de doenças cardíacas.
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